Estudo aponta que Cuiabá tem 19 mil desempregados e muitas pessoas na informalidade.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
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Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso, e o Grupo de Estudos e Pesquisa em Economia e Agronegócio da Unemat, Universidade do Estado de Mato Grosso, mostra que Cuiabá tem 19 mil pessoas desempregadas, ou 6,43% da população em idade ativa.
A pesquisa revela ainda que o setor formal absorve 12,5% de impostos a mais em decorrência da existência de um grande mercado informal na capital mato-grossense.
O aumento nos tributos seria decorrência, segundo o estudo, do “custo marginal tributável” de empresas de diversos segmentos do comércio, que estariam sobrecarregadas com a prática da informalidade em Cuiabá.
Para o diretor de Pesquisas do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio, Maurício Munhoz, o setor formal absorve a responsabilidade tributária da informalidade, acrescentando em sua carga 12,5% de impostos.
“O que a informalidade não recolhe de tributos se transforma em um excesso de sobrecarga para as empresas formais”, explica Munhoz.
O analista explica ainda que essa situação resulta em custos mais elevados dos produtos para os contribuintes.
A pesquisa também destaca o perfil dos informais, formado por brasileiros e estrangeiros, a maioria provenientes do Senegal e do Haiti, que se dedicam à informalidade para sobreviver ou complementar renda.
Em relação aos desempregados, o levantamento mostra que a maioria é de jovens que não possuem qualificação profissional.
O superintendente da Fecomércio, Igor Cunha, explica que esta condição desestimula muitos deles a continuar os estudos.
“Quando eles concluem o ensino médio regular, muitos não conseguem uma boa colocação no mercado de trabalho, o que tem provocado a ida para o trabalho informal, os socialmente aceitos ou não”, ressalta Cunha.
Com isso, ele esclarece que, por falta de experiência no mercado formal, os jovens encontram nestes locais condições de ganhar dinheiro e, posteriormente, criar um desejo de juntar um montante suficiente para investir em sua própria banca e se tornarem empreendedores informais.
No entanto, é falsa a ideia de prosperidade, o que faz com que este ciclo da informalidade só cresça em Cuiabá”, concluiu o superintendente da Fecomércio Mato Grosso.