08 Especialistas apontam o cultivo do feijão como opção de 3ª safra em Mato Grosso.mp3 |
Foto da manchete: Dialum
Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
Na safra 2023/24 foram plantados 170 mil hectares de feijão com uma colheita de, aproximadamente, 300 mil toneladas.
Mesmo com os altos custos, falta de energia para irrigação e mosca branca, os agricultores têm conseguido driblar as dificuldades e investido no grão.
O feijão tem sido utilizado como opção para a 3ª safra, que tem sido possível por causa da irrigação.
O produtor do grão, Rodrigo Pozzobon, atua há seis anos em Vera, médio-norte de Mato Grosso, aliou o grão à soja, milho e arroz que já cultivava.
Ele planta feijão carioca e preto que são destinados, em sua maioria, ao mercado brasileiro, em uma área de 700 hectares.
Pozzobon explicou que com a instalação da irrigação, uma cultura viável é o feijão. Segundo ele, o mais importante é manter a terra trabalhando e extrair o máximo de potencial dela.
Já o presidente da Aprofir, Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso, Hugo Garcia, lembrou que o feijão tem ciclo de até 75 dias e que por isso, é esperado um aumento da área plantada com o aumento dos preços pagos aos produtores.
De acordo com Garcia, Mato Grosso é o 4º maior produtor de feijão do país, o que demonstra a viabilidade da cultura, mesmo com adversidades encontradas pelo caminho.
Quem também acredita no feijão é o engenheiro agrônomo e consultor agronômico Ademir Gardin, que planta o grão há 12 anos.
Ele reclama de um problema que tem afetado a produção e, consequentemente, aumentando os custos: a dificuldade com a energia elétrica.