Especialistas alertam produtores rurais sobre as altas taxas de juros embutidas no Plano Safra.mp3 |
Foto da manchete: Valter Campanato | Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O Governo Federal anunciou, recentemente, o Plano Safra 2022/23 com previsão de quase 341 bilhões de reais em financiamentos para apoiar a produção agropecuária nacional.
Para especialistas em Direito do Agronegócio e planejamento patrimonial o aumento de 36% em comparação ao anterior, é um excelente benefício, mas fazem um alerta aos pequenos, médios e grandes produtores rurais quanto às taxas de juros.
Segundo a advogada Thais Vieira, é bom os produtores rurais estarem atentos às taxas de juros e buscar esses benefícios com orientação e planejamento.
Ela explicou que algumas taxas ficaram em 12%, como é o caso do Moderfrota, para financiar trator e colheitadeira.
A distribuição dos recursos do Plano Safra ficou em 246 bilhões reais para custeio e comercialização e quase 95 bilhões serão para investimentos.
Embora todas as taxas de juros tenham ficado abaixo da Selic atual, que está em 13,25% ao ano, ainda estão elevadas em relação às definidas na safra passada.
Já o advogado especialista em Direito do Agronegócio Márcio Barbero, afirmou que os produtores devem recorrer às linhas de crédito com planejamento e estratégia.
As taxas de juros mais baixas serão aplicadas aos financiamentos contratados por agricultores vinculados ao Pronaf, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.
Nas operações de custeio e investimento para esse público, no caso de itens relacionados à produção de alimentos ou com forte ação ambiental, a taxa ficou em 5% ao ano.
O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, que financia investimentos necessários para a ampliação e construção de novos armazéns, terá pouco mais de cinco bilhões de reais disponíveis na próxima safra, com taxas de juros de 7% ao ano.