08 Embrapa dá sinal positivo para regularização da agropecuária nas áreas úmidas do Araguaia e Guaporé.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
A validação técnica da Embrapa Solos aos estudos que indicam caminhos para a regularização ambiental das áreas úmidas dos Vales do Araguaia e do Guaporé foi considerada uma vitória pelos produtores rurais de Mato Grosso.
A conquista foi tema central de uma audiência realizada nesta terça-feira, no Ministério da Agricultura e Pecuária, em Brasília, com a participação do segundo vice-presidente da Famato, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Amarildo Merotti.
Merotti esteve acompanhado do superintendente do Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso, Marcelo Lupatini, e do gestor jurídico da Famato, Rodrigo Bressane.
O grupo foi recebido pelo ministro Carlos Fávaro e pelo secretário-executivo Irajá Rezende de Lacerda para tratar da regularização do uso e ocupação das planícies dos vales do Araguaia e do Guaporé, regiões historicamente ligadas à produção agropecuária e que, há décadas, enfrentam entraves legais que dificultam a atividade no campo.
Durante o encontro, foi apresentado o parecer técnico da Embrapa Solos, que valida o estudo conduzido pela UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, e pelo Instituto Uniselva, com apoio da Assembleia Legislativa e da Sema, Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
O estudo traz critérios científicos para orientar a ocupação e o uso sustentável das áreas, com base em levantamentos de solo e relevo em alta precisão.
O parecer, assinado pelo chefe-geral interino da Embrapa Solos, Daniel Vidal Pérez, reconhece a robustez científica da metodologia utilizada e recomenda que as diretrizes sobre o uso e manejo das áreas úmidas sejam consolidadas em um documento com força de lei, respaldado por dados detalhados sobre solos, vegetação e topografia.
De acordo com Amarildo Merotti, a validação científica da Embrapa confirma que é possível produzir com responsabilidade ambiental. Mas, agora, é preciso que isso se traduza em regras claras, seguras e executáveis.
O dirigente da Famato lembrou que o produtor não pode continuar sendo penalizado pela ausência de critérios técnicos atualizados.