Em um dia tão emblemático, faz-se necessário entender o presente para vislumbrar o futuro, mas sem esquecer o que já foi feito no passado. O compromisso do Brasil com o meio ambiente vem de longa data e é, portanto, uma característica enraizada junto ao produtor rural, que enxerga no trabalho do dia, o amanhã que beneficiará não apenas ele, mas todos os brasileiros. O dia 21 de setembro, vive em todo o amanhecer.
Além dos efeitos ambientais da incorporação das diversas tecnologias associadas à produção, como uso racional de insumos, economia de água, de pesticidas e menores emissões decorrentes da adoção da biotecnologia, o respeito dos produtores ao Código Florestal é essencial na preservação e no respeito às florestas. As árvores agradecem e o resto mundo deveria, também. O Brasil respira o futuro, preservando hoje.
E o hoje, é feito com o cuidado e o respeito dos homens e mulheres do campo, que através do árduo trabalho, garantem números invejáveis referentes à preservação ambiental, aliada à produção em quantidade e qualidade. Não à toa, o setor produtivo brasileiro tem se expandido de forma tão expressiva nos últimos 50 anos.
Com tecnologia e investimento em pesquisa, o Brasil mantém 66,3% da área total do país nativa, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A agricultura não vai além de 7,8% do território nacional, já as pastagens e as florestas plantadas se estendem por 21,2% e 1,2%, respectivamente.
Em números absolutos, o Brasil dedica 30,2% a todas as atividades agropecuárias, contra 64,7% e 74,3% da União Europeia e Estados Unidos. Para se ter uma ideia, a extensão da área de vegetação nativa preservada pelos brasileiros corresponde à de 43 países e 5 territórios europeus. No que tange a proteção feita pelos agricultores em suas propriedades, a extensão corresponde à área de 10 países da Europa.
O futuro, então, se desenha com a inteligência e as boas práticas de todos os envolvidos, que levam o setor agropecuário brasileiro ao protagonismo mundial. O agro que alimenta, preserva e que respira, graças ao Brasil e aos produtores rurais.
Nilson Leitão é presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne 48 entidades associadas da agropecuária brasileira, consultor da CNA e ex-deputado federal.
