Cuiabá não segue decreto do Governo do Estado e flexibiliza medidas contra o Coronavírus.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, anunciou na tarde desta terça-feira, novas medidas de combate à covid-19 na capital mato-grossense.
Pinheiro não vai seguir o decreto do Governo do Estado, e afrouxou as normas baixadas pelo governador Mauro Mendes no enfrentamento à doença em Mato Grosso.
O prefeito divulgou um decreto com 26 artigos, com as principais medidas, entre elas a autorização do toque de recolher na capital que será das 11 horas da noite às cinco da manhã.
Determina ainda que durante a vigência do decreto, eventos em casas de shows e boates, bem como as atividades em quadras poliesportivas e atividades coletivas em Parques e Praças estão suspensos. O decreto é válido no período de três a 21 de março.
“É preciso que tenhamos prudência em um momento de crescimento dos casos, mas as medidas severas precisam atingir, principalmente, aos que deixam de cumprir a legislação, que promovem aglomerações, que agem sem o mínimo de pudor com a dor de tantas famílias”, declarou o prefeito.
Além disso, o decreto municipal também impõe medidas mais restritivas para os bares, restaurantes e congêneres, que deverão funcionar das 11 horas da manhã às dez da noite.
Com relação às atividades do comércio varejista nos shopping centers, o horário do atendimento ao público será das 10 horas da manhã às nove da noite.
Já o funcionamento do Shopping Popular de Cuiabá, ficou determinado o funcionamento das oito horas da manhã às seis da tarde, sendo proibida a abertura aos domingos e feriados.
Os supermercados devem abrir as portas das seis horas da manhã às 10 da noite.
Por meio de nota, o Governo de Mato Grosso lamentou a forma como a Prefeitura de Cuiabá politiza e trata a situação da Covid-19, que com um cenário crítico de agravamento da pandemia, decidiu flexibilizar as medidas.
“Infelizmente, o prefeito continua cometendo erros, mostrando total despreparo e irresponsabilidade, o que poderá provocar a morte de muitos cuiabanos. Caberá ao Ministério Público e ao Judiciário decidir o que deverá prevalecer na cidade de Cuiabá”, concluiu a nota divulgada pelo Governo do Estado.