03 Crise no Campo. Aumenta a preocupação com a situação das lavouras em Mato Grosso.mp3 |
Foto da manchete: Eliel Oliveira
Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
É preocupante a situação das lavouras em Mato Grosso.
Antes do Natal, a Aprosoja, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, já havia revisado suas estimativas e projetando uma perda de 20% na safra de soja de 2024 e considerou a pior quebra da história da produção de soja no Estado.
Se confirmado esse prognóstico, a colheita estadual estimada em pouco mais de 36 milhões de toneladas, uma redução de cerca de nove milhões de toneladas em comparação com a safra anterior de 2022/23.
Porém, o que está tirando o sono dos produtores, é que as condições adversas podem ampliar essas perdas, com áreas já apresentando perdas irreversíveis e casos de replantio recordes.
Relatos de produtores de diversas regiões do estado denunciam a gravidade da situação.
Em Campos de Júlio, por exemplo, as primeiras áreas colhidas demonstram uma média de apenas 7,5 a 20 sacas por hectare, muito aquém do esperado inicialmente.
O cenário de seca é preocupante não apenas em Campos de Júlio, mas também em cidades como Diamantino, Canarana, Alto Paraguai, Sorriso e Água Boa, que já tiveram decretos de estado de emergência devido às condições climáticas desfavoráveis.
As imagens registradas nessas regiões mostram campos de soja devastados pela falta de chuvas e altas temperaturas, resultando em perdas significativas na produção esperada.
As altas temperaturas e a falta de precipitação têm contribuído para o cenário preocupante, com diversas regiões da zona de cultivo de soja enfrentando problemas sérios desde outubro.
A situação é tão crítica que alguns produtores, como os da região de Tapurah, questionam a viabilidade da colheita, com áreas extensas já comprometidas e sem perspectiva de recuperação.
Em Nova Xavantina, já se observa uma perda de 20% na produção, e o quadro pode piorar se as previsões ruins para dezembro e janeiro se concretizarem.