| 07 Cartilha desmistifica o preconceito e o discurso de ódio contra a comunidade LGBTQIA+.mp3 |
Foto da manchete: Reprodução Web
Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
Uma ‘Cartilha sobre os Direitos da Comunidade LGBTQIA+’ foi lançada recentemente pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho para melhorar o entendimento sobre a diversidade e assegurar direitos.
Segundo o juiz da Vara de Jaciara, Plínio Podolan, que participou da comissão que elaborou a publicação, dados do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBT+, mostram que 273 pessoas dessa população foram mortas.
Isso torna o Brasil o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo.
O juiz Plínio Podolan explica que o preconceito, construído com base em crenças e dissociado da realidade, alimenta o discurso de ódio.
O juiz lembrou que o discurso do ódio “justifica” a possibilidade de violência contra as pessoas LGBT+. Segundo ele, violência que não é só física, mas de toda ordem, deixa essa população à margem de direitos universais, concedidos a todos os seres humanos.
Entre os avanços alcançados, o magistrado destaca o julgamento no STF, em 2010, que reconheceu o direito de união estável ou casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Outro avanço muito significativo, também julgado pelo STF, foi a equiparação da homotransfobia ou LGBTfobia ao crime de racismo.
Já a coordenadora do Subcomitê da Equidade de Raça, Gênero, Diversidade e Inclusão, a juíza1ª Vara de Rondonópolis, Camila Zambrano, destacou que a sociedade precisa entender que o universo LGBT+ envolve muito mais do que apenas gays, termo usado para homens que sentem atração por outros homens.
Ela explica ainda que ao utilizar somente 'Orgulho Gay', estamos excluindo as demais pessoas que fazem parte do segmento e suas diversas identidades.