*Juacy da Silva
“Para o Papa Leão XIV, a Igreja é a comunidade de fé fundada em Jesus Cristo e unida por uma fé comum, com um compromisso com a unidade dos cristãos, a reconciliação e a luta pela justiça social. Ele a vê como um instrumento de evangelização, promovendo a Boa Nova de Cristo e cuidando dos pobres, e também como uma instituição que deve cultivar o pensamento crítico e a compaixão. A Igreja também é um símbolo de unidade e continuidade da tradição apostólica.”
Muita gente imagina ou pensa que com a morte do Papa Francisco as preocupações e compromissos da Igreja em relação aos cuidados com a ecologia integral seriam “esquecidos”, diante de novos enfoques em seu magistério.
Todavia, em diversas ocasiões o mesmo tem, não apenas reforçado a importância da caminhada ecológica da Igreja na defesa da ecologia integral, mas também inserida esta caminhada em seu magistério.
Assim, “O Papa Leião XIV, ao discutir o compromisso da Igreja no cuidado com o meio ambiente, tem enfatizado a necessidade de um olhar contemplativo que transforme a relação da humanidade com a criação. Ele recordou que “somente um olhar contemplativo pode transformar esta relação com a criação e nos fazer sair da crise ecológica, cuja causa é a ruptura das relações com Deus, com o próximo e com a terra. Além disso, Leão XIV destacou a importância de uma liturgia que celebre a Eucaristia como um ato de agradecimento ao Senhor e um meio de cuidar da criação, inspirando a conversão e a transformação da sociedade em direção ao bem estar humano e a dignidade humana. A Igreja, segundo o Papa, deve ser um exemplo de cuidado e responsabilidade social, refletindo os princípios da Encíclica Laudato Si, promovendo a proteção ambiental e a dignidade humana” Fonte Site Vaticano News.
Ola amigas e amigos, como algumas pessoas costumam dizer “o tempo voa” e quando menos percebemos o ano já está quase terminando e ainda não realizamos tudo o que haviamos plenajado no início deste ano e percebemos quantas coisas importantes deixamos para traz.
Outro dizer popular nos acorda enfatizando que “o passado já passou”, o importante agora é o momento presente que também passa rápido e o futuro que está batendo `as nossas portas como querendo dizer “acorda, o tempo de realizar as coisas, de mudar, transformar a realidade está chegando”, não se omita, não deixe que a passividade, a procrastinação, o desalento e a alienação tomem conta de sua caminhada, como na Canção/música de Geraldo Vandré, “Para não dizer que não falei de flores), escrita e interpretada em pleno 1968 (ano do AI 5, início dos anos de chumbo no Brasil) quando diz “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Em se tratando de Ecologia Integral, nunca é demais enfatizar que a luta pelo cuidado do Planeta, de nossa Casa Comum está assentada em tres pilares ou fundamentos: a Espiritualidade Ecológica, as Ações sociotransformadoras e a MOBILIZAÇÃO PROFÉTICA, sem isso nada é transformado e os desafios ecológicos apenas aumentam dia após dia, como temos observado com a CRISE CLIMÁTICA que tem se agravado sobremaneira nos últimos tempos.
Isto significa que, conforme tanto enfatizou o Papa Francisco ao longo de seus 13 anos de Magistério, voltado profundamente para o resgate das deliberações e definições do Concílio Vaticano II, através das Encíclicas Laudato Si e Fratelli Tutti e as Exortações Apostólicas Querida Amazônia e Laudate Deum, em relação aos cuidados com as Obras da Criação e também as relações sociais , econômicas e políticas é fundamental, visando combater a destruição do planeta, do meio ambiente e o desrespeito com a justiça social, com os direitos humanos, com a JUSTIÇA CLIMÁTICA e o resguardo do planeta também para as futuras gerações (Justiça Intergeracional).
Da mesma forma, resguardando o Legado do Papa Francisco e também o legado do Papa Leão XIII, ao publicar a Encíclica Rerum Novarum, em 15 de Maio de 1891, estabelecendo as bases da Doutrina Social da Igreja (DSI), o Papa Leão XIV também tem insistido que a Igreja deve ser sempre SINODAL, mas também PROFÉTICA, SAMARITANA e encorajada a lutar por uma PAZ DESARMADA, cuidando das pessoas, principalmente dos pobres, oprimidos, famintos, injustiçados e, CLARO, sem descurar com o seu compromisso (da Igreja) em relação `a defesa da Ecologia Integral, das obras da criação e que isto só é realizado, NÃO COM PALAVRAS, mas sim, COM AÇÕES CONCRETAS, inclusive com MOBILIZAÇÃO PROFÉTICA.
Cabe ressaltar quando falamos em Calendário Ecológico que no momento atual, além de inúmeras celebrações, reflexões, ações sociotransformadoras e mobilização profética que podemos e devemos realizar nos diversos territórios onde a Igreja esteja presente, está também em curso uma série de providências, sob a mísstica “A Igreja Rumo `a COP 30”, como forma de preparar a participação da Igrreja no que é considerado o maior evento climático anual do Planeta e, que neste ano, em novembro será realizado em Belém, estado do Pará.
Diante disso, precisamos estimular não apenas as reflexões sobre e as ações e mobilização profética voltadas para transformações profundas em nossas relações com a natureza, mas também nossas relações com nossos semelhantes e com o Criador, buscando transformações profundas, inclusive quanto aos sistemas econômicos e as relações de trabalho e de produção. Vale dizer, substituir os paradígmas de uma Economia da Morte como atualmente existem em nosso país e no restante do planeta, por uma Economia da Vida, como tanto nos exortou o Papa Francisco.
É neste contexto que precisamos observar o calendário ecológico, seguindo tamém o método da Igreja VER, JULGAR e AGIR/CELEBRAR, a partir das realidades concretas de cada território Eclesiástico: Arquidioceses, Dioceses, Paróquias e Comunidades Eclesiais de Base e tendo cono “pano de fundo” a máximo que nos exorta a “pensarmos globalmente, mas agirmos localmente”, só assim iremos promover a CONVERSÃO ECOLÓGICA (individual e comunitária) para atingirmos um novo patamar de realidade que denominamos de CIDADANIA ECOLÓGICA.
Por isso, devemos sempre nos lembrar da máxima do Papa Francisco quanto ele tanto insistia ao refeerir-se aos desafios ecológicos que “tudo está interligado, nesta Casa Comum”.
Este é o caminho, em tempos de crise e também de Esperança para ainda podermos lutar por um mundo melhor, com Justiça, Equidade, Solidariedade, Amor e PAZ DESARMADA, como tanto vem enfatizando o Papa Leão XIV.
SEGUE O CALENDÁRIO ECOLÓGICO DOS MESES DE SETEMBRO E OUTUBRO DE 2025.
SETEMBRO
1º de setembro a 4 de outubro: Tempo da Criação
01 Festa da Criação e momento de abertura do Tempo da Criação
01 Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação
03 Dia do Biólogo
05 Dia da Amazônia
07 Dia da Independência do Brasil
07 Dia Mundial do Ar Limpo (Combate `a poluição do Ar)
11 Dia Nacional do Cerrado
16 Dia Internacional de luta para a preservação da Camada de Ozônio
19 Dia Mundial de luta pela Limpeza das Águas (ver também 22 de Março)
21 Dia da Árvore (ver também 21 de Março e 17 Julho)
22 Dia Nacional em defesa da Fauna
25 Dia da Bandeira dos ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
29 DIA Internacional de Conscientização sobre Perda e Desperdício de Alimentos (Dia Internacional do Deperdício Zero). Ver também 30 de Março
29 Dia Mundial dos Rios
OUTUBRO
01 Dia do Vegetarianismo
03 Dia Nacional da Agroecologia
04 Dia de São Francisco de Assis
04 Encerramento do Tempo da Criação
04 Dia da Natureza
04 Dia dos Animais
07 Dia Mundial do Habitat
12 Dia do Engenheiro Agrônomo/Engenheira Agrônoma
15 Dia do Educador Ambiental
16 Dia Mundial da Alimentação (fome zero)
17 Dia da Agricultura
31 Dia Mundial das Cidades
Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral – Região Centro Oeste. Email profjuacy@yahoo.com.br Whats app 65 9 9272 0052 Instagram @profjuacy