| 01 Cáceres pode ter “CPI do FIPE” para investigar gastos de quase 2 milhões com shows nacionais.mp3 |
Foto da manchete: Reprodução Web
Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Os vereadores de Cáceres, professor Leandro Santos, do União Brasil, e Marcos Ribeiro, do PSDB, apresentaram na sessão plenária da última segunda-feira, um dossiê sobre gastos milionários de um milhão 820 mil reais.
O dinheiro foi gasto pela Prefeitura Municipal na 39ª edição de um dos eventos mais tradicionais de Mato Grosso, o FIPE, Festival Internacional de Pesca Esportiva, com cachês para shows musicais realizados durante o evento.
Os vereadores querem criar uma "CPI do Fipe" para investigar os gastos exorbitantes com os shows nacionais.
O professor Leandro destacou que em uma cidade onde a miséria ainda é uma realidade como Cáceres, não se pode dar ao luxo de gastar meio milhão de reais com uma única banda.
A prefeita Eliene Liberato, do PSB, tem maioria na Câmara, porém o vereador Marcos avisou que, caso a CPI não passe, vai entregar o dossiê para o Ministério Público do Estado.
Segundo o levantamento dos vereadores, o cachê do cantor Fernandinho custou 125 mil reais aos cofres públicos.
A banda Calcinha Preta levou 290 mil. O cantor Gustavo Mioto faturou 375 mil reais e o cantor Michel Teló cobrou 330 mil para cantar no festival. E o show da banda Biquini Cavadão custou 230 mil.
Mas o cachê que chamou a atenção foi o da banda de pagode Raça Negra, que cobrou 470 mil reais pela apresentação no FIPE deste ano, o maior valor pago pela organização do festival.
O Fipe aconteceu no último mês de julho. Além do dinheiro da Prefeitura de Cáceres, o evento contou com o apoio do Governo do Estado por meio de emendas.