Anuário aponta que 42% das mulheres vítimas de violência em Cuiabá tem ensino superior.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Em Cuiabá, 42% dos registros de violência contra a mulher ocorrem com vítimas que têm ensino superior.
O índice, registrado ao longo de 2020, demonstra maior suscetibilidade desse grupo, pelo fato de estar em casa na pandemia, em companhia do agressor, segundo a titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, delegada Jozirlethe Magalhães Criveletto.
Outro dado que chama atenção é o fato de as vítimas estarem em condição de desemprego, em atividades autônomas ou subempregos, conforme revela a quarta edição do Anuário Estatístico de Violência contra a Mulher em Cuiabá.
Segundo a professora Vera Bertoline, que pesquisa o tema pela UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, na época do seu mestrado, identificou advogadas, médicas, professoras universitárias, com registros na Delegacia da Mulher.
No entanto, hoje, a pandemia acabou por dar maior visibilidade a um problema que acontece todos os dias.
A Professora destaca que a violência contra a mulher é um fenômeno que não escolhe cor da pele, escolaridade, empregabilidade, classe social, enfim, acontece com qualquer uma.
Entre os 10 bairros de Cuiabá que lideraram os números de crimes contra a mulher estão, pela ordem: Pedra 90, Dom Aquino, Doutor Fábio, Tijucal, CPA 4, Jardim Imperial, Santa Izabel, CPA 3, Centro Sul e Boa Esperança.
Segundo a delegada, bairros que apareciam no ranking do ano anterior desceram na escala de índice, como o caso do Porto. No entanto, outros que não apareciam agora estão na lista, como é o caso do Boa Esperança, considerado de classe média alta.